MicroAventura # 10 – Mini-Circuito Ciclístico Playground

Tenha seus filhos como seus companheiros de aventura sempre que possível.

Há quem acredite que com a chegada dos filhos as aventuras acabam. Uma basejumper famosa relata que quando nasceu, seu pai não a aceitava, pois não poderia levá-la para escalar as montanhas que eram seu fascínio, mas conforme ela foi crescendo ele percebeu que ela poderia acompanhá-lo aos poucos.Com a chegada dos filhos muitas coisas mudam é verdade, as prioridades se modificam, as finanças se atrapalham, os cuidados com os pequenos demandam muito dos pais, às vezes a vida parece fora do controle e temos que abrir mão de parte de nosso egoísmo em favor de uma nova vida, mas novas alegrias se revelam e aos poucos o descontrole inicial, dá um novo sentido ao nosso existir.E afinal, ter filhos não significa abrir de tudo que você gosta de fazer, mas sim ganhar um novo companheiro.

A partir dos seis meses quando o bebê já consegue sentar é possível levá-lo para pequenas aventuras. Há na atualidade uma difícil tendência de que as crianças cresçam longe da natureza, rodeadas de tecnologias e coisas artificiais. É preciso equilibrar a mente da criança, com o toque suave da natureza.

Antes de completar um ano minha aventureirinha Júlia, já tinha percorrido comigo e minha companheira alguns de meus lugares favoritos na natureza. Após aprender a caminhar, já tinha escalado conosco uma montanha de fácil acesso. A maior sensação para ela foi quando instalei uma cadeirinha na bicicleta. A cada novo passeio é visível seu desenvolvimento psicológico. Acho que esse contato com a vida ao livre nos primeiros anos é indispensável, pois produz um aprendizado inestimável que a criança levará para toda vida, uma vez que a experiência concreta deixa marcas na memória que não podem ser apagadas, como a teoria, provocando o desenvolvimento tanto emocional quanto intelectual. Pude perceber que a mesma rota que fazíamos de carro não lhe causava espanto, mas quando percorremos o caminho de bicicleta ela se admirava com o trem se movendo na paisagem, com as vacas enormes no capim, com os pássaros na beira da estrada e quando parados ela descobria insetos no chão ou cheirava as flores. Quando repetimos o passeio de carro ela já era uma criança diferente interessada na paisagem observando e transmitindo sua admiração para nós.

Qualquer aventureiro pode dizer que a melhor aventura está na companhia dos filhos.

 

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MicroAventura # 9 – Enfrentando o tempo ruim

Você sabe o que esperar?

A princípio pode parecer que não sabemos o que esperar, que a vida é incerta demais e o amanhã é um incógnita. Pensando assim, realmente o futuro é algo imprevisível e alguns acontecimentos escapam ao nosso controle, mas nem tudo. O que quero dizer é que não sabemos o que o futuro nos reserva, mas sabemos, sim, o que esperar. Imagine que você chega em casa após um dia cansativo de trabalho e todas casas do seu bairro estão momentaneamente sem energia elétrica, você esperava que houvesse luz. Em outras palavras esperamos acordar pela manhã dentro do conforto de nossos lares, esperamos que o despertador nos acorde, que o abajur nos ilumine, que a torneira tenha água, que a condução esteja lá no horário de sempre, que ao meio-dia possamos nos alimentar outra vez, que possamos ir ao mercado e encontrar mantimentos, etc… Esperamos viver e vivemos a maior parte do tempo de uma forma muito estável, queremos ter certeza das coisas, e gostamos do imediato, do prático, do mínimo esforço e não gostamos de coisas incomodas. Vivemos a repetição de padrões mentais e de comportamento e assim construímos nossos hábitos. Criamos um espaço previsível e seguro, que os psicólogos chamam de “Zona de Conforto”. Sair da zona de conforto nos causa um temor inicial, mal estar e até mesmo dor por algum tempo e esperamos não ter esse tipo de sentimento por achá-lo ruim, esquecemos que também é temporário e por vezes uma pequena barreira imaginada. Sabemos que toda mudança provoca alguma forma de dor. Pense nas dores que uma semente sente ao morre para se tornar uma árvore, pode parecer bobagem a dor das plantas, mas ela existe, embora nos dias de hoje alguns não percebam nem mesmo a dor dos animais. Então, lembre-se da dor de sair da escola e deixar amigos para trás. A dor de perdermos as pessoas que amamos, chega a ser pior que a dor física provocada por uma pancada na cabeça. A verdade é que inconscientemente esperamos não sentir dor e nem sofrimento. Em diversos casos permanecer na zona de conforto, evitando um caminho mais áspero, acaba por impedir nossas realizações que normalmente envolvem algum desconforto momentâneo. Não tenho certeza se podemos abandonar por completo nossa zona de conforto, talvez os grandes mestres da história, aqueles que levaram até as últimas consequência os sacrifícios que podiam realizar, dando sua vida por algum ideal tenham conseguido?  O que eu tenho aprendido é que podemos expandir a nossa zona de conforto.

Durante esse ano me prôpus, publicamente, a realizar aventuras relativamente simples que me custassem algum esforço pessoal acrescido, denominadas de microaventuras. Sobre  muitos aspectos as aventuras ou microaventuras podem parecer uma tolice, sair do calor do lar para percorrer caminhos árduos por vezes arriscando a própria pele só para estar lá e voltar. No entanto considero primordial que as microaventuras acrescentem algo de novo em mim e naqueles que são meus companheiros de caminhada e desperte, ainda, algo nas pessoas que de alguma forma as acompanhem. Não busco a auto-promoção a despeito do que possa parecer em minhas vaidades e defeitos. Publicar estas atividades funciona como uma ferramenta motivacional que me ajuda a estabelecer prioridades, a organizar os acontecimentos, a avaliar minha trajetória e corrigir minhas falhas. Não acho que quando se busca uma aventura, não é só o fato de estar lá, de provar algo, não é isto. Não é como escalar uma montanha para conquistá-la, não se conquista uma montanha, mas conquista-se a si mesmo, o que o verdadeiros aventureiros e atletas devem buscar é a superação pessoal, forçar os seus próprios limites para um crescimento interior. Expandir a sua zona de conforto é crescer como pessoa, enfrentar o desconforto, o incomodo, a incerteza, passar por um processo renovador de aprendizagem e adaptação, até que aquilo que parecia insuportável seja realizado com naturalidade. Quando encaramos desafios nos sentimos condutores da própria vida, despertamos a auto-confiança e aprender a ter calma para lidar com situações difíceis do dia-a-dia, com as quais normalmente não teríamos inteligência emocional.

Durante as microaventuras é comum ter que vencer algum contratempo, amigos que precisam desmarcar a empreitada de última hora, a própria preguiça de abandonar o conforto, a falta de algum equipamento, coisas que não funcionam quando você precisa, o medo e as incertezas. Nesta microaventura tive que encarar todas ao mesmo tempo, combinadas com o dia chuvoso que deu o título a essa empreitada.

Que possamos sempre expandir a nossa “Zona de Conforto”!

Bons Ventos!

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MicroAventura # 8 – Volta do Perau

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MicroAventura # 7 – Acampamento no Quintal

Acho que o lugar de ser criança é o quintal. Toda casa deveria ter um quintal, ainda que pequeno ao redor de uma goiabeira onde pudessem vim morar os passarinhos, as borboletas e os vagalumes. Todo quintal deveria ter uma árvore para que as folhas se amontoassem no chão com os bichinhos da terra e o amanhecer penetrasse por entre os galhos, onde a gente pudesse subir para apanhar frutas e roubar as estrelas, sentir aromas ou joaninhas. No quintal os adultos pode redescobrir o que sentiam quando eram pequeninos aventureiros de jardim. No quintal é o onde as crianças devem começar para o mundo de brincar e de descobrir, antes do mundo de estudar e aprender das escolas. No quintal a gente aprende mais sobre a natureza do que nos livros. No quintal a gente aprende mais de poesia do que na escola. No quintal a gente aprende de liberdade. Desde que a gente aprendeu a viver dentro das casas, a aprendemos a viver tristes, sem ter as surpresas da natureza para acompanhar, a gente desaprendeu de olhar o céu e de sentir a atmosfera tocando o rosto de sereno. E desaprendeu de levar a natureza para dentro da gente com as unhas sujas de brincar na terra. A natureza não está em algum lugar distante, isolado e inóspito, limitada em recantos selvagens. Acampar mesmo que seja no quintal ou no jardim nos leva a um regresso a alegria infantil de participar da natureza como participam os caramujos e as flores, os riachos ou as montanhas. Acampar é descomplicar a vida e voltar a ter simplicidade que tem os animais que não precisam mais do que alimento e abrigo. Precisamos arrumar algum tempo para admirar as maravilhas das coisas simples da vida. “O importante não é a quantidade de tempo que se dispõe, mas o modo como ele é utilizado”.

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Hope Swing

 

 

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MicroAventura # 6 – PedalnightClimb com bivaque Vertical

Saímos numa quarta-feira após o  expediente de trabalho para realizar uma MicroAventura durante a noite e retornar antes de amanhecer para enfrentar mais um dia de trabalho. Pedalamos por um hora e meia até a cachoeira do Rio São Jorge chegando no local por volta das 20:00 h, junto com a noite. Escalamos, a luz das lampheads e do luar, uma pequena fenda  que da acesso a base de um teto. Trabalhamos entre escalar, se pendurar, montar o sistema de segurança e as redes para o bivaque cerca de 2:00h. Foi dificil dormir de caderinha e entrar no saco de dormir. Apesar do escuro o luar me permitia ter um bela visão da cachoeira e das paredes que se azularam ao seu redor. Entre um cochilo e outro a sinfônia turbulenta da cachoeira parecia uma grande tempestade, mas a noite foi amena e agradável, apesar de pouco confortável. Acordamos as 3:30 h desmontamos toda a tralha vertical e ficamos prontos para partir em 1 h. Enquanto fazíamos o desjejum , recebemos a visita simpática de uma cuíca uma marsupialzinho que tentava devorar nossa comida. Pedalamos por 1h até chegar de novo em casa, ainda com animo para tirar a poeira e ir para o trabalho. O contato com a natureza tem esse poder de nos reanimar.

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MicroAventura # 4 – Volta Perimetral Urbana de Ponta Grossa

 

 

 

 

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MicroAventura # 3 – Pêndulo em Ponte

 

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MicroAventura – 002/13


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Uma Corrida de 20 Km pelo Parque Nacional dos Campos Gerais

Dificuldade: Pesado   Distância: 20 km                                                       12/01/2013

Nesta MicroAventura me propus a superar meus limites físicos, então está seria uma prova de resistência. Tracei alguns roteiros que fossem um circuito fechado. Escolhi  dois deles, de maneira que tivessem um trecho em comum para no caso de não suportar percorrer o mais longo pudesse ter um opção mais curta. Um  dos circuitos com 10 km e outro com 20 km superando um pequeno morro que pela falta de denominação oficial nomeei de “Morro Pitangui” (1020 m de altitude).  Segui pelo caminho mais longo, árduo e certamente mais bonito. Fui me revezando entre cinegrafista e corredor, o que aumentou um pouco a duração no percurso  e quebrou muito o ritmo da corrida. Para vencer o desnível do “Morro Pitangui’ escalei uma pequena parede. Nos últimos quilômetros dessa microaventura fui me arrastando com bolhas nos pés, dores nas virilhas, e nos músculos das pernas e das costas. Terminado meu objetivo tive que ser resgatado pela minha mulher a três quadras de casa. O desagaste físico foi tanto que não  conseguia comer e gastei horas com um sanduíche arrancando pequenos pedaços.

 

 

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MicroAventura # 1 – Perseguindo uma Estrada Interior

Esta galeria contém 12 fotos.

O dia começou escurecido, frio, úmido e pouco convidativo. As pessoas comemoravam com ócio, comilança e bebedeira o primeiro dia de 2013, como manda o rito capitalista de passagem anual. Além da noite mal dormida e da habitual ressaca e … Continue lendo

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